Algumas pessoas se queixam de perceber pequenas manchas ou “mosquitos” que se movem em seu campo de visão. São as chamadas moscas volantes, visíveis principalmente quando o paciente mira uma superfície uniforme e plana, como o céu azul ou uma parede branca, ao fundo. São pequenas condensações da “gelatina” do olho, o corpo vítreo, um fluido gelatinoso e transparente que preenche a cavidade interna do globo ocular (Fig 1). Embora observadas na frente da visão, elas estão na verdade neste fluido interior do olho, e são vistas como sombras pela retina (parte do fundo do olho, sensível à luz) (Fig 2). Muitas pessoas vêem estas pequenas manchas desde jovens, sendo normais caso não se modifiquem abruptamente.

Fig 1
As moscas volantes podem se apresentar em forma de pequenos pontos, círculos, linhas ou teias de aranha. Elas podem provocar preocupações quando aparecem subitamente. Neste caso, o paciente deverá procurar imediatamente um oftalmologista, que, através do exame de fundo de olho, determinará se é algo grave ou, como ocorre na maioria das vezes, apenas um processo de degeneração vítrea de pouca importância. O corpo vítreo tende a se contrair com o tempo e, assim, separar-se da retina (descolamento posterior do vítreo), quando podem aparecer moscas volantes. Este é um fenômeno comum em indivíduos com mais de 50 anos, em pacientes míopes e também naqueles submetidos a cirurgias intraoculares, sem que seja manifestação de um caso sério de saúde ocular.

Fig 2