Universidade Federal de Goiás próxima de cura para cegueira

Tratamento à base de células-tronco deverá ser realizado em humanos dentro de quatro meses

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“Como ser humano fico muito contente de poder contribuir para esse processo”, Marcos Ávila, professor titular de oftalmologia da UFG (Foto: acervo pessoal)

Um projeto que antes parecia um anúncio miraculoso, hoje cria forma. Pesquisadoras do Centro de Referência de Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás (UFG), juntamente com a Universidade de Harvard, desenvolveram um tratamento que pode curar a cegueira.

 

O desafio é a obtenção de uma célula que se desenvolva dentro do olho e faça a reparação dos tecidos lesados. “Para recuperar a visão é feita uma microcirurgia para implantar células-tronco embaixo da retina degenerada. Depois de implantada, esse tipo célula consegue se proliferar e fazer uma espécie de simbiose com aquelas que estão danificadas. A partir daí se cria um novo conjunto de células que faz com que a pessoa volte a enxergar”, explica o pesquisador e professor titular de oftalmologia da UFG, Dr. Marcos Ávila. “É um avanço para a medicina. Convivemos diariamente com pacientes que sofrem desse mal e como ser humano fico muito contente de poder contribuir para esse processo”, completa.

O estudo começou em 2011 a pedido da Shepens Eye Research Institute, que integra a Universidade de Harvard em Boston, nos Estados Unidos. Os cientistas queriam testes em um lugar com clima tropical e escolheram a UFG para desenvolver a parceria. Os testes foram efetuados primeiramente em animais. “Fizemos o procedimento em porcos. Os olhos foram analisados em microscópios de alta resolução em vários métodos e o resultado é bastante animador”, conta Àvila.

Tão animador que o estudo foi levado para o Food and Drug Administration (FDA), uma espécie de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos EUA. A UFG espera agora o aval da FDA para realizar um outro projeto de pesquisa, mas agora em humanos. “Esperamos que essa autorização ocorra nos próximos quatro meses”, relata o pesquisador.

No entanto, o pesquisador da UFG Prof. Dr. Marcos Ávila acredita que o processo de cura para alguns tipos de cegueira pode demorar um pouco mais. “Acreditamos que nas doenças hereditárias a aceitação será mais rápida, mas em um patamar pouco acima das demais”, pontua.

Tipos de cegueira
Dois tipos de cegueira poderão ser beneficiados pelo tratamento.

A primeira é aquela causada por doenças hereditárias, quando as pessoas nascem com o gene da cegueira. Em 2012 cientistas dos Estados Unidos conseguiram identificar o gene que pode levar à cegueira definitiva.

Outro tipo comum da cegueira, denominada degeneração macular, relacionada à idade, também será o alvo do estudo.

Fonte: Jornal O Popular

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